Compilando todas as versões que encontrou dos mitos tupinambás, registradas por viajantes que tiveram contato com os índios e os ouviram relatar suas histórias sobre a criação do mundo, Alberto Mussa agrega, corta, seleciona os relatos até chegar a uma única narrativa coesa que seria o equivalente de um “original” do mito como era conhecido pelos indígenas.
O resultado não são histórias mitológicas soltas, e sim uma cosmogonia organizada com personagens recorrentes, com laços de família e elementos arquetípicos presentes em vários conjuntos de narrativas mitológicas mundo afora: a humanidade como resultado de várias “extinções” sucessivas, uma “terra sem males” ancestral da qual os homens foram expulsos por suas faltas e assim por diante.
2008: Meu destino é ser onça - Editora Record, Rio de Janeiro
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